30 de dezembro de 2011

Receita de Ano Novo

"Para você ganhar belíssimo Ano Novo da cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, 
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) 
Para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, 
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas 
(a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, 
mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, 
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, 
não precisa expedir nem receber mensagens 
(Planta recebe mensagens? Passa telegramas?)

Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. 
Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar 
que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, 
recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, 
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, 
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. 
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”

Um Feliz 2012 à todos!

25 de dezembro de 2011

As pernas curtas da mentira...


E tudo vai se encaixando, pecinha por pecinha. Como em um quebra-cabeças, só que feito de mentiras...

Não há ato mais infame


 
""Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar.
Qualquer outro é simplesmente uma variação do roubo.
Quando você mata um homem, está roubando uma vida.
Está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos um pai.
Quando mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade.
Quando trapaceia, está roubando o direito à justiça.
Não há ato mais infame do que roubar."

- Khaled Hosseini - O caçador de pipas

Maciez no tecido áspero do cotidiano

  
"Que os sensíveis sejam também protegidos.
Que sejam protegidos todos os que veem muito além das aparências.
Todos os que ouvem bem pra lá de qualquer palavra.
Todos os que bordam maciez no tecido áspero do cotidiano.

(Ana Jácomo)

Jogue o livro fora e...


"Destrua o que te destrói."
Mas creio que tudo tenha um propósito!

23 de dezembro de 2011

Feliz Natal!


Um natal abençoado para ti, para mim e para nós!
Que o espírito natalino nunca se perca, que lembremos sempre de Jesus, 

e que seja doce, sempre doce...

20 de dezembro de 2011

Me observe!


‎"Há tantas pessoas lá fora que irão te dizer que você não consegue. 
O que você deve fazer é virar para elas e dizer: Me observe."



(Caio F. Abreu)

18 de dezembro de 2011

Somos damas, somos dramas



"A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. 
A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. 
Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem 'E se' !
 A gente completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, 
mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você
Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus!
Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, 
a gente parou de se importar, já era
Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! 
estamos numa relação, não numa sessão espírita, aprende. 
A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina
Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele.Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode!
Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final."


(Marcela Fernanda)

A questão é que sou


Eu chorando vendo filme de romance sou minha esperança de amor sincero e final feliz. 

Eu rolando na cama até de manhã sou meu medo de perder as pessoas, de me machucar outra vez. 

Eu mexendo no cabelo sem parar sou minha insegurança enorme de não ser bonita, inteligente e ter um corpo legal. 

Eu arrumada e maquiada sou minha mulher auto-suficiente adormecida, que espera essas oportunidades pra se libertar. 
Eu jogada no sofá sou eu livre, sem neuroses, sem peso, sem forçar barra. 
Eu no bar com os amigos sou uma pausa nas loucuras, meu momento de distração. 
Eu hoje sou sua, amanhã quem vai saber ? 
Gosto mesmo é de ser minha, me emprestar quando for seguro, com garantia de devolução sem danos. 
No fundo queria é que me roubassem, sem manual, sem dor. Sou muitas, sou muito. 
Sou intensa, mas não peso. É só você saber como levar. Sou verdade, sou de verdade, 
sou na verdade mais simples do que complicada. 
Meio paradoxo, mas sou mulher, ser simples e ponto não é da minha natureza. 
A questão é que sou, mas sou pra poucos também.

(Marcella Fernanda)

Poucos e bons


Prefiro os poucos amigos, ao amontoado de rostos e interesses.
Aprendi a ser seletiva.
Nao coleciono gente, coleciono sorrisos.


(Paulinha Leite)

=)


"Mesmo com tristeza, o que é perfeitamente normal, sinto-me bem porque sei que fiz o que pude, 
falei o que pensei, mudei quando foi preciso (e,olha, minhas mudanças foram ótimas e serão permanentes) 
e fui sincera sempre, em todos os momentos, em cada conversa, em cada mensagem."


(Caio F. Abreu)

15 de dezembro de 2011

Ser novo...




"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? 
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? 
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. 
Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo..." 


(Caio F. Abreu)

14 de dezembro de 2011

Vive menina



Vive menina. Vive.
Porque o tempo cura, e traz pra vida da gente um motivo maior pra seguir. 
Acredite: O passado não tem volta, e nada dói pra sempre.


(Caio F. Abreu)

E nessa de cuidar, vou cuidar de mim


“Meu coração tá ferido de amar errado. 
De amar demais, de querer demais, de viver demais.
Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. 
Seu amor, comparado ao meu, é pouco. 
Muito pouco. 
Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente.
Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer.
A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua.
Sempre fui só sua.
Sempre quis ser só sua.
Sempre te quis só meu.
E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou.
Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar.
Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem.
Homens que gostam das coisas simples.
Eu não sou simples, nunca fui.
Mas sempre quis ser sua.
Você, meu homem, é que não soube cuidar.
E nessa de cuidar, vou cuidar de mim.
De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais.
Dessa minha mania tão boba de amar errado.
Seja feliz.”



(Caio F. Abreu)

11 de dezembro de 2011

Sentir não é brega.



Mas essa coisa chamada vida onde estamos metidos até o pescoço, às vezes não é brega, careta, melodramática? A Vida é mais Nelson Rodrigues ou mais Clarice Lispector? Mais Augusto dos Anjos ou Emily Dickinson? Fassbinder ou Jacques Demy? Philip Glass ou Dead Kennedys? Mais Sex Pistols ou mais Cecília Meireles? Bukowski ou Bergman?

Tudo isso, sim, e muito mais. O engarrafamento às seis da tarde de uma sexta-feira de chuva, na marginal do Tietê, pode ser uma emoção-Titãs (tipo Bichos Escrotos). Transar com a garota prostituta da rua Augusta, de minissaia de couro e correntinha no tornozelo pode ser uma emoção-Dalton Trevisan. Dar um espirro bem na hora de dizer eu-te-amo pode ser uma emoção-Woody Allen. Assim por diante, cada coisa sendo uma coisa diferente. Porque o que vai sendo vivido e sentido por cada um é tão particular que, mesmo lugar comum ou já cantado em prosa e verso, é para sempre também único.Infinitiva e indivisivelmente subjetivo.

(...)

Sentir não é brega. Ao contrário: não existe nada mais chique. Emocione-se e seja o rei de sua insensatez. Seja nobre, seja divino no desconcerto das emoções. Maria Bethânia é muito chique, e quase ninguém está vendo isso. Em Dezembros, sem querer fazer nenhuma revolução, ela chega e diz: “Dá licença, rock and roll, que a titia vai cantar o amor”. E eu peço: Crianças, cessem as guitarras, os teclados, os sintetizadores – um minuto só – e prestem atenção na voz quente dessa mulher linda do jeito inverso da beleza, cantando (que ousadia!) o amor.


(Caio F. Abreu)

Que...



Parabéns para você, que dia a dia aprende mais sobre você mesma. Que erra para aprender. Que é forte o suficiente para seguir em frente – sem lamúrias, mas com maturidade e sensatez. Que de vez em quando esquece a própria idade e o juízo em algum canto. E depois acha, como mágica. Parabéns para você, que tem um sonho. Que não desiste, apesar do que falam. Que não se abala, apesar do medo. Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. Que fica tonta, mas não desmaia. Que apesar de cada pedra no caminho, corre. Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles. Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus.

Clarissa Corrêa

8 de dezembro de 2011

O amor?


O amor é bálsamo milagroso para os hematomas da alma. 
Elixir da juventude, não importa a idade que se tem. 
Vacina Tríplice contra os males da falta de poesia, de sonhos e de ternura. 
Composto vitamínico eficaz para manter acesa a capacidade de brilho no olhar. 
receita caseira da vovó para massagear a vida com a própria essência que a vida fornece.


O amor é sol que chama a sombra para ser outra coisa. É relógio que marca um tempo diferente. 
É um jeito que escapole do controle. É música que faz os medos ficarem doidos de vontade de dançar. 
É pipa que empinamos no quintal da nossa casa, rabiola feita de riso e de encanto, 
os pés descalços na terra; descalço, sobretudo o coração. 
É convite precioso para a vida cantar mesmo quando desafina, porque tudo desafina de vez em quando.


O amor é fruta madura colhida agorinha, não importa quantas vezes o calendário tenha se reinventado. 
É promessa sem garantia nenhuma. É a melhor fala do roteiro, tanto faz se de improviso. 
É a muda da estrela mais feliz que agente traz pra cultivar na terra. 
É a inspiração que sopra no corpo e na alma um punhado contente do que imaginamos ser o paraíso. 
É a maneira divina mais bonita de nos humanizarmos de verdade.


O AMOR É O LUGAR MAIS TRANSFORMADOR DO UNIVERSO. 
É QUANDO DEUS BRINCA E AGENTE BRINCA JUNTO.


(Ana Jácomo)

2 de dezembro de 2011

Para que serve um amigo?

Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon. Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. 
Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.


(Martha Medeiros)

Livrai-me de tudo que me trava o riso.


“Que eu tenha sempre comigo: Colo de mãe. Abraço apertado. Riso de graça. 
Brilho no olho. Amor quentinho. Tristeza que passa. Força nos ombros. Criança por perto. Astral bonito. 
Prece nos lábios. Saudade mansinha. Fé no futuro. Delicadeza nos gestos. Conversa que cura. 
Cotidiano enfeitado. Firmeza nos passos. Sonhos que salvam. 
Livrai-me de tudo que me trava o riso.”


(Caio F. Abreu)

29 de novembro de 2011

Tem coisas que o coração só fala...


Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos,
não se detenha na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade, 
e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.


Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo;outros, apenas o necessário.


Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera; a inferior, julga;
a superior, alivia; a inferior, culpa;
a superior, perdoa; a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!


(Chico Xavier)

28 de novembro de 2011



Que comece agora e que seja permanente essa vontade de ir além daquilo que me espera.
E que eu espero também. Uma vontade de ser.
Àquela, que nasceu comigo e que me arrasta até a borda pra ver as flores que deixei de rastro pelo caminho.
Que eu saiba puxar lá do fundo do baú, o jeito de sorrir pros nãos da vida.
Que as perdas sejam medidas em milímetros e que todo ganho não possa ser medido por fita métrica nem contado em reais. Que minha bolsa esteja cheia de papéis coloridos e desenhados à giz de cera pelo anjo que mora comigo.
Que as relações criadas sejam honestamente mantidas e seladas com abraços longos.
Que eu possa também abrir espaço pra cultivar a todo instante as sementes do bem e da felicidade de quem não importa quem seja ou do mal que tenha feito para mim.
Que a vida me ensine a amar cada vez mais, de um jeito mais leve.
Que o respeito comigo mesma seja sempre obedecido com a paz de quem está se encontrando e se conhecendo com um coração maior. Um encontro com a vontade de paz e o desejo de viver.


Caio F. Abreu

27 de novembro de 2011

Destaques




O destaque de hoje vai para aquilo que não é destaque.O corriqueiro que passa quase despercebido. 
Hoje é dia de dar ibope para os grandes detalhes que se tornam pequenos comparados à loucura do dia a dia. 
É dia de dar atenção para os sentimentos que deixamos de lado e não são pauta nos grandes jornais. 
Hoje é dia de abrir um sorriso ao ver um casal de idoso abraçado no ônibus, 
sobreviventes do tempo e dos problemas, e heróis por manter o carinho vivo apesar dos pesares. 
Dia de sorrir sozinho vendo uma criança na fila do banco segurando com força a nuca da mãe, 
agarrada ao sentimento mais puro que existe. 
Hoje é dia de distribuir sorrisos e guardar no bolso o mau humor matinal. 
Hoje é dia de reparar nos detalhes que alimentam a alma e nos pequenos gestos 
que mantém viva nossa esperança. Todos os tipos de acontecimento vão fazer parte do noticiário 
da sua rotina, mas é você quem define as matérias do dia que realmente merecem ser capa.


Fernanda Gaona


A alma entende e a boca cala



"Certas coisas não se explicam. Não existem palavras que as descrevam ou soluções que as resolva. 
Sentimentos, sonhos, gestos e sorrisos. A alma entende e a boca cala."

(Fernanda Mello)

24 de novembro de 2011





"Não é que seja exatamente teimoso, meu coração tem é isso de bom: gosta de amar. Eu também.''


(Ana Jácomo)

22 de novembro de 2011

E deixa ser, o que for...



"Como as ondas com a maré
Até onde não vai dar mais pé
Este instante tal qual é
Vivo aqui e seja o que Deus quiser..."

(LS Jack)

21 de novembro de 2011

"Vai menina, fecha os olhos. Solta os cabelos. Joga a vida. Como quem não tem o que perder.
Como quem não aposta. Como quem brinca somente. 
Vai, esquece do mundo
Molha os pés na poça. 

Mergulha no que te dá vontade.Que a vida não espera por você.
Abraça o que te faz sorrir
Sonha que é de graça.Não espere.
Promessas, vão e vem. Planos, se desfazem. Regras, você as dita.
Palavras, o vento leva. Distância, só existe pra quem quer.

Sonhos, se realizam, ou não. Os olhos se fecham um dia, pra sempre. 
E o que importa você sabe, menina. É o quão isso te faz sorrir. E só
."

(Caio Fernando Abreu)

20 de novembro de 2011

Provação


"Provação. Agora entendo o que é provação. 
Provação: significa que a vida está me provando. 
Mas provação: significa que eu também estou provando. 
E provar pode se transformar numa sede cada vez mais insaciável." 


(Clarice Lispector)

18 de novembro de 2011

Não se perde...

‎''Aquilo que é bom, e de verdade, e forte, e importante - coisa ou pessoa - 
na sua vida, isso não se perde.”


Caio Fernando Abreu.

17 de novembro de 2011

Pode ter certeza...



"Eu posso enfrentar o mundo todo com uma mão, se você estiver segurando a outra."



Maturidade


"A maturidade me permitiu olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, 
entender com mais tranqüilidade e querer com mais doçura."


(Lya Luft)

15 de novembro de 2011




Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.


Remar.
Re-amar.
Amar.

14 de novembro de 2011

Cada volta sua o que me faz



Eu, cada vez que vi você chegar
Me fazer sorrir e me deixar
Decidido eu disse: nunca mais 
Mas novamente estúpido provei
Desse doce amargo, quando eu sei 
Cada volta sua o que me faz
Vi todo o meu orgulho em sua mão
Deslizar, se espatifar no chão 
...
Eu, toda vez que vi você voltar 
Eu pensei que fosse pra ficar
E mais uma vez falei que sim
...
Se você me perguntar se ainda é seu
Todo meu amor, eu sei que eu 
Certamente vou dizer que sim

(Do Fundo do Meu Coração - Roberto Carlos)

Assim seja. Assim será.


– Lembre-se do Aleph. Lembre-se do que sentiu naquele momento. Palavras, explicações e perguntas não vão servir para nada, apenas para confundir mais o que já é bastante complexo. Simplesmente me perdoe.
– Não sei por que preciso perdoar o homem que amo.
Hilal procura inspiração nas paredes douradas, nas colunas, nas pessoas que estão entrando àquela hora da manhã, nas chamas das velas acesas.
.
– A menina perdoa. Não porque virou santa, mas porque já não aguenta mais carregar este ódio. Odiar cansa.
Não, não era aquilo que eu esperava.
– Perdoe tudo e todos, mas me perdoe – peço. – Inclua-me no seu perdão.
– Eu perdoo tudo e todos, inclusive você ...
Ela fecha os olhos e levanta as mãos para o teto.
– Eu me liberto do ódio por meio do perdão e do amor. Entendo que o sofrimento, quando não pode ser evitado, 
está aqui para me fazer avançar em direção à glória.

Hilal fala baixo, mas a acústica da igreja é tão perfeita que tudo o que diz parece ecoar pelos quatro cantos.

– As lágrimas que me fizeram verter, eu perdoo.
As dores e as decepções, eu perdoo.
As traições e mentiras, eu perdoo.
As calúnias e as intrigas, eu perdoo.
O ódio e a perseguição, eu perdoo.
Os golpes que me feriram, eu perdoo.
Os sonhos destruídos, eu perdoo.
As esperanças mortas, eu perdoo.
O desamor e o ciúme, eu perdoo.
A indiferença e a má vontade, eu perdoo.
A injustiça em nome da justiça, eu perdoo.
A cólera e os maus-tratos, eu perdoo.
A negligência e o esquecimento, eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal, eu perdoo.

Ela abaixa os braços, abre os olhos e coloca as mãos no rosto. 
Eu me aproximo para abraçá-la, mas ela faz um sinal com as mãos:

– Não terminei ainda.

Torna a fechar os olhos e olhar para cima.

– Eu perdoo também a mim mesma. 
Que os infortúnios do passado não sejam mais um peso em meu coração. 
No lugar da mágoa e do ressentimento, coloco a compreensão e o entendimento. 
No lugar da revolta, coloco a música que sai do meu violino. No lugar da dor, coloco o esquecimento. 
No lugar da vingança, coloco a vitória.

Serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor,
De doar mesmo que despossuída de tudo,
De trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos,
De estender a mão ainda que em mais completa solidão e abandono,
De secar lágrimas ainda que aos prantos,
De acreditar mesmo que desacreditada.

Ela abre os olhos, coloca as mãos na minha cabeça e diz com toda a autoridade que vem do Alto:

– Assim seja. Assim será.

Trecho do livro "O Aleph" de Paulo Coelho.